sábado, 3 de setembro de 2011

O PENSAMENTO




“Nossos pensamentos determinam nossas reações à vida. Na medida em que controlamos nossos pensamentos, controlamos o mundo.”  H.Jackson Brown.

O pensamento é talvez um dos fundamentos que caracteriza a filosofia da Motosofia, pelo fato de que tudo gira em torno dele. A realização humana, os projetos e a conquista da liberdade são funções do pensamento de caráter positivo. É a força maior que há no universo, esta faculdade própria e exclusiva do ser humano de pensar e criar. Não há limites na esfera do pensamento, não se pode medir até onde o pensamento pode chegar. É por meio dele que o homem consegue criar o mundo, irrigados com a fonte da imaginação, pois o mundo em que vivemos é uma causa do pensamento, e as coisas exteriores são os efeitos.
O ato de pensar requer uma monitoração constante ao quais os homens não se dão conta, pelo avanço da tecnologia e principalmente de um mundo corriqueiramente acelerado, onde as informações viajam a milésimos de segundo, os homens se encontram numa agitação constante e muitos de seus pensamentos passam despercebidos e aí encontra a grande problematização dos efeitos de um pensamento sem uma reflexão propícia. Para uma construção do mundo pleno e eficaz, sem maiores complicações cotidianas, tem-se que refletir constantemente cada ato praticado, para com isso não amargurar os acontecimentos e é isso o grande problema da humanidade, a cada instante presenciamos cenas e acontecimentos inéditos, que nos causam horror e constrangimento, pelo fato de que a humanidade não mede seus pensamentos e acabam gerando um mundo destruído. Essa forma de agir inconscientemente acaba envolvendo outras pessoas que são influenciadas pelo meio onde estão, e como a grande maioria das pessoas se encontra no desespero dos acontecimentos acabam sendo vítimas de atos inconscientes ou do pensamento sem a devida reflexão.
A mente é muito alheia as coisas fáceis e supérfluas. Ela precisa estar constantemente ciente dos acontecimentos, caso contrario ela se perde por si mesma, ao é dotada de grandes poderes que nós não temos como usufruir desses poderes a todo o momento. A mente funciona como um imã, tudo que é colocado para a realidade mental de alguma forma acontecerá, há de impor o que deseja e não entrar nos limites da dúvida, pois a mente carece disso, ela não sabe distinguir o não do sim, sendo que a faculdade mental só realiza nossas vontades de querer e possuir a partir do momento que arraigamos a  fundo o que tanto buscamos para nossas vidas.
Está cientificamente provado que pensamentos são coisas reais, sendo energias ou forças, assim como impacto de um martelo sobre uma bigorna, o pensamento compete a uma manifestação imaterial que repercute na realidade.
O filósofo Huberto Rohden faz uma distinção bastante interessante sobre algumas entidades que se apresentam dotada de uma certeza material que na verdade não possuem, como por exemplo, a física nuclear provou que tanto mais real é uma coisa quanto menos material, sendo que a substância material é um grau acima do nada, por que sua passividade é grande e sua atividade é pequena.
O pensamento sendo menos material que a matéria sólida, a energia e a luz, possuem um poder maior que estas realidades físicas. Ainda defende Rohden, que acima da força mental do pensamento está a força racional da experiência intuitiva, sendo que podemos enumerar da seguinte forma:
_ a mente;
_ a luz;
_ a energia;
_ a matéria.
Assim também enuncia Rohden para clarificar melhor os conceitos postos acima:
“Tudo é possível, neste mundo, aquele que tem a faculdade racional altamente desenvolvida, por que todas as outras forças subalternas da natureza lhe estão sujeitas”.[1]
O pensamento deve estar estruturado em uma série de parâmetros estabelecidos para que possa desempenhar suas funções adequadas e sem o crivo das imperfeições que se assomam ao pensamento constantemente. “A “primeira atitude é isolar palavras negativas, como por exemplo: “isso não dá certo”, ou” não vai acontecer assim”, pois estas frases negativas bloqueiam a função criadora dos pensamentos e agem como se fossem uma barreira impedindo que o pensamento se manifeste na sua essência, que é criar.
As forças espirituais são forças positivas, enquanto que as forças mentais subordinadas à mente podem ser positivas ou negativas. Um fator que faz a mente estar atrelada ao negativismo é o egoísmo, o homem do mundo moderno está fortemente arraigado a esta deficiência que não é superada da vida cotidiana, sempre ele quer mais e mais, e esta conquista das coisas matérias desenvolve um sentimento de egoísmo e fechamento em si mesmo. O egoísmo corresponde num amor-próprio de si mesmo, essencialmente exclusivista, e gera um mal nefando, como na sua materialidade, o egoísmo não passa de pensamentos negativos, que age em prol do mau e da destruição.



[1] ROHDEN, Huberto. O Espírito da Filosofia Oriental. Editora Martin Claret, São Paulo, 1988.

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